Com o saber se meu filho está viciado ou caminhando para isso?
Os jogos são como um pêndulo. Eles podem tender para o lado positivo ou negativo.
No mundo inteiro, 3,2 bilhões de pessoas jogam videogames (1). A maioria é moderada, porém cerca de 3% têm problemas com o vício (2). Em alguns países essa taxa cresce para 8%.
Embora muitas mulheres joguem, os rapazes de 18-24 são os mais propensos ao vício. (3)
VÍCIO EM GAMES É DOENÇA
A definição do vício em jogos é bem controversa. Alguns a confundem com falha moral ou com outros vícios, como as drogas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o distúrbio do jogo e o classifica como doença.
É VÍCIO QUANDO:
- Se prioriza o jogo acima de outros interesses da vida e atividades diárias;
- Se joga cada vez mais, apesar da ocorrência de consequências negativas;
- Se experimenta uma deficiência significativa nas áreas pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional, ou outras áreas importantes.
Note que a descrição não menciona sintomas físicos, como perda de sono, mas foca em sintomas sociais. Da mesma forma, a descrição não oferece nenhuma menção ao número de horas jogadas.
Cada pessoa reage de forma diferente aos jogos. A dose que vicia a um, pode não afetar a outro.
PARA CONSIDERAR:
- Os desenvolvedores utilizam da psicologia para tornar os jogos o mais viciante possível.
- Os jogos podem afetar a percepção e tornar o mundo real desinteressante.
- Os jogos também atendem necessidades psicológicas de gratificação e recompensa. Para muitos, é uma fuga temporária das pressões da vida cotidiana.
- Os jogos dão às pessoas uma rápida liberação de dopamina, que as faz se sentirem bem, mas em níveis elevados pode torná-las dependentes.
COMO AJUDAR OS FILHOS VICIADOS EM GAMES
- Mostre interesse pelo jogo. Parece que você está apoiando o vício dele, mas não é bem por essa lógica. Essa é uma maneira de entender, se conectar e se relacionar com os filhos.
- Determine horários. Jogar não é um problema, o excesso de tempo sim.
- Crie outras opções de lazer.
- Em casos extremos, procure ajuda de um psicólogo.
CONCLUSÃO
Todos nós buscamos algum prazer nas tecnologias, mas não queremos ser viciados por elas. Para isso precisamos ser intencionais no uso para perceber os riscos e evitar os excessos. Lembrando que esse limite para cada pessoa pode ser diferente.
Para pais com filhos viciados ou caminhando para isso, melhorar o relacionamento e desenvolver novas formas de comunicação pode ser o mais importante para saber como ajudar.








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