Quando falamos dos perigos das telas, quase sempre pensamos em crianças e adolescentes. Mas os adultos também estão expostos a riscos sérios e pouco discutidos.
Em 2019, adultos passavam, em média, 11 horas por dia diante das telas. Durante a pandemia, nos EUA, esse tempo aumentou ainda mais (Reid Health, 2025). Como pais, professores e líderes religiosos, precisamos entender o impacto disso em nós mesmos. Se não estivermos atentos, podemos normalizar hábitos prejudiciais e repassar isso para as próximas gerações (ResearchGate, 2025).
O Custo Silencioso: como as telas afetam nossa mente
Depressão, Ansiedade, Estresse e Esgotamento
Depressão e ansiedade estão ligadas ao uso excessivo das telas, principalmente no lazer. Estudos mostram relação com estresse, solidão e queda do bem-estar geral (Santos et al., 2025).
A forma de uso da tela é o que mais impacta. Observou-se que assistir à televisão tradicional era mais prejudicial à saúde mental do que usar computadores ou dispositivos móveis.1
Da mesma forma, o tempo de tela para entretenimento foi associado à depressão, enquanto o tempo de tela dedicado a trabalhos escolares ou tarefas profissionais não apresentou essa correlação.1
Para os idosos, substituir o tempo não-laboral na aposentadoria por tempo de tela mostrou-se mais prejudicial à saúde mental do que substituí-lo por sono ou atividade física.1
O uso de aplicativos de mensagens durante a pandemia foi associado à diminuição dos sentimentos de solidão 1.
Em resumo, o mero tempo de tela não é o único fator determinante; o tipo de atividade na tela e o contexto de uso também são elementos críticos.
Por outro lado, reduzir o tempo de tela melhora o humor e o sono. Um estudo clínico mostrou que, em três semanas, houve melhora significativa no bem-estar de quem usou menos o celular (PMC, 2025).

Demência digital
O termo “demência digital” refere-se à perda de memória e foco causados pelo uso excessivo da tecnologia (Spitzer, 2025). Essa exposição altera estruturas cerebrais ligadas à atenção, emoções e empatia (Ohio State Medical Center, 2025).
Pessoas expostas a telas por muito tempo têm menos empatia cognitiva e maior risco de desenvolver doenças neurodegenerativas no futuro (IMR Press, 2025).
A dependência excessiva de smartphones demonstrou diminuir a massa cinzenta em regiões cerebrais chave, afetando a regulação cognitiva e emocional, enquanto a forte dependência de mídias baseadas na web está associada à diminuição da integridade da massa branca, crucial para as habilidades de linguagem.5
O uso contínuo e prolongado de dispositivos digitais afeta negativamente funções cognitivas como memória, atenção e tempo de reação em várias faixas etárias adultas.6 Essa exposição constante a pop-ups, avisos e notificações treina o cérebro para mudar rapidamente o foco, o que pode interferir na capacidade de manter a atenção sustentada em uma única tarefa.7
A conexão com os sintomas de TDAH e o comprometimento das funções executivas demonstra como as constantes mudanças de atenção, uma característica da interação digital, podem fundamentalmente alterar a forma como nossos cérebros processam informações e mantêm o foco.
Evidências também sugerem que a superestimulação decorrente do tempo excessivo de tela durante períodos críticos do desenvolvimento cerebral pode aumentar o risco de neurodegeneração acelerada na idade adulta, incluindo o início precoce de demência.9
O risco de demência de início precoce na vida adulta é uma implicação de longo prazo significativa, tanto para pais preocupados com o futuro de seus filhos quanto para adultos que refletem sobre seus próprios hábitos de tela ao longo da vida.
Vício em redes sociais
Estima-se que 210 milhões de pessoas sofram com o vício em redes sociais (Mastermind Behavior, 2025). Cerca de 30% dos americanos dizem ser viciados; entre jovens de 18 a 24 anos, o número sobe para 78% (EBSCO, 2025).
Esse vício é alimentado por fatores como solidão, ansiedade e baixa autoestima. Paradoxalmente, muitos se sentem mais isolados quanto mais usam redes sociais (EBSCO, 2025).
É importante notar que essa questão não se restringe às gerações mais jovens, com 39% dos indivíduos entre 55 e 64 anos também relatando sentimentos de vício.10
O vício em mídias sociais compartilha semelhanças com a dependência de drogas, pois as plataformas capitalizam em recursos viciantes como notificações frequentes, rolagem infinita e feeds personalizados para estimular a produção de dopamina no cérebro, levando a comportamentos compulsivos.10
Fatores psicológicos como solidão, ansiedade, má regulação emocional, impulsividade e baixa autoestima contribuem significativamente para o vício em mídias sociais.11 Indivíduos com baixa autoestima são particularmente vulneráveis, frequentemente buscando validação por meio do engajamento online.11
Embora alguns usuários inicialmente busquem conexões significativas online, uma parcela substancial (67% dos adultos nos EUA) associa o uso de mídias sociais a sentimentos crescentes de isolamento.10
Para os pais, isso é crucial: seus próprios hábitos de mídia social, se impulsionados por esse ciclo, podem, inadvertidamente, modelar mecanismos de enfrentamento não saudáveis para seus filhos.
Para os líderes religiosos, isso representa um desafio e oportunidade. Se por um lado a “conexão” digital pode substituir interações mais profundas e presenciais, por outro pode ser que a saturação dos meios digitais motive algumas pessoas a buscarem igrejas e grupos religiosos para a interação humana e presencial.
Principais Riscos da Exposição Excessiva às Telas em Adultos
| Categoria do Risco | Principais Riscos Identificados | Descrição/Principais Conclusões |
| Saúde Mental | Depressão, Ansiedade, Estresse, Burnout, Baixo Bem-Estar, FoMO, Solidão | Associados a altos tempos de tela, especialmente uso recreativo e TV. O uso de aplicativos de mensagens durante a pandemia foi uma exceção, diminuindo a solidão. |
| Saúde Cognitiva | Demência Digital (TDAH, Perda de Memória, Déficit de Atenção), Redução da Empatia Cognitiva, Diminuição da Integridade da Matéria Cinzenta/Branca, Tempo de Reação Mais Lento | Excesso de dependência de dispositivos digitais, mudanças constantes de atenção, impacta a estrutura cerebral e a compreensão interpessoal. |
| Saúde Física | Distúrbios do Sono (Insônia, Redução do Sono REM, Interrupção do Ritmo Circadiano), Fadiga Ocular, Dores de Cabeça, Dores no Pescoço/Ombros/Costas, Redução da Atividade Física, Obesidade, Doenças Cardiovasculares | Exposição à luz azul, comportamento sedentário, má postura, substituição da atividade física por tempo de tela. |
E o corpo? Também sofre
Sono ruim: a luz azul emitida pelas telas reduz a melatonina, hormônio do sono, e afeta o ritmo biológico (News Medical, 2025). O uso noturno está ligado a menos 48 minutos de sono por semana e pior qualidade de descanso (Frontiers, 2025).
Vista cansada e dores no corpo: ficar horas em frente à tela causa dor de cabeça, cansaço visual e má postura (Nirvana HealthCare, 2025).
Sedentarismo: ficar sentado muito tempo aumenta o risco de obesidade e doenças do coração, mesmo em quem se exercita (University of Nevada, 2025).
A exposição prolongada à tela é uma das principais causas de fadiga ocular digital, caracterizada por sintomas como dores de cabeça, visão embaçada e desconforto geral nos olhos.2 O brilho das telas e a intensidade das exibições intensificam ainda mais essa tensão.2
A natureza sedentária do uso da tela frequentemente leva a uma má postura, resultando em dores crônicas no pescoço, ombros e costas.2 Esse desconforto pode se tornar crônico se nada for feito.
Embora esses sintomas físicos possam parecer menos graves do que os problemas de saúde mental, eles contribuem significativamente para a fadiga geral, o desconforto e a redução da produtividade.
Para os educadores, que frequentemente passam longas horas em frente às telas para planejamento de aulas, reuniões virtuais e tarefas administrativas, essas questões representam um risco ocupacional direto que pode contribuir para o esgotamento digital.16

Pesquisas indicam que, mesmo para adultos saudáveis que atendem aos requisitos diários de atividade física recomendados, o tempo prolongado sentado ainda está positivamente associado a vários riscos à saúde.
O exercício por si só pode não neutralizar completamente os efeitos negativos de períodos sedentários prolongados.18 Isso desafia a crença comum de que um treino de academia pode anular horas de inatividade.
Adultos mais velhos, que já podem ser menos ativos fisicamente, são ainda mais impactados pelos hábitos de tela, o que pode acelerar problemas de saúde relacionados à idade e aumentar sua vulnerabilidade a doenças crônicas.
O tempo de tela afasta as pessoas?
O uso constante de telas em casa cria o fenômeno “sozinhos juntos”: pessoas na mesma sala, mas sem interação real (Happetive, 2025). Isso reduz o tempo de qualidade em família e prejudica a comunicação.
Pais que usam muito o celular mostram aos filhos que isso é normal. Isso aumenta a culpa parental e o estresse (Tandfonline, 2025).
Estudos da Academia Americana de Pediatria destacam que o uso excessivo de telas está ligado a declínios na coesão familiar e na qualidade da comunicação, com crianças e pais relatando sentir-se “desligados” durante o tempo em família.19
O uso excessivo de mídias sociais está diretamente ligado a uma menor qualidade do tempo presencial com entes queridos e à insatisfação geral nos relacionamentos.21 Uma manifestação comum disso é o “phubbing” (ignorar a pessoa presente em favor do telefone). Aqueles que experimentam o phubbing relatam uma redução na sensação de conexão emocional, preocupação empática e confiança interpessoal.21 As mídias sociais também fornecem uma via para “comportamentos relacionados à infidelidade”, que podem levar à desconfiança, ciúme e ao rompimento de relacionamentos.21

Riscos nas igrejas
Nas igrejas, a tecnologia ampliou o alcance da mensagem, mas trouxe desafios. Muitos se distraem durante a oração e cultos (Ministry Brands, 2025) e comparam sua fé com o que veem online, o que pode causar frustração espiritual (Impact Vision, 2025).
Há também risco de desinformação religiosa (USCIRF, 2025).
As tecnologias digitais, incluindo serviços de transmissão ao vivo e plataformas de comunidade online, revolucionaram os ministérios da igreja, oferecendo novas vias para expandir a influência, engajar membros e facilitar o culto.23
No entanto, essa integração digital apresenta desafios significativos para a vida da igreja. O uso do digital dentro da igreja pode distrair os indivíduos das práticas espirituais centrais. Um estudo descobriu que 70% dos indivíduos se distraem com alertas de telefone durante a oração.27
Além disso, as mídias sociais podem levar a comparações negativas da própria jornada espiritual com as “vidas perfeitas” aparentemente retratadas online.27
As mídias sociais da igreja online também enfrentam perigos como a má interpretação de conteúdo religioso, receber mensagens de ódio e ataques contra a Liberdade religiosa.26
Outro risco é o de que a igreja perca seu foco, se desloque para a obtenção de aprovação digital e engajamento, esquecendo o objetivo fundamental da igreja de promover o desenvolvimento espiritual, o evangelismo e a assistência comunitária.26
Desinformacão e golpes

As redes sociais facilitam a disseminação de notícias falsas, que se espalham mais rápido do que as verdadeiras (ResearchGate, 2025). Isso afeta a saúde, a política e a confiança nas instituições.
Adultos acima de 55 anos são alvos frequentes de golpes online, como o “pig butchering”, que mistura manipulação emocional com fraudes financeiras (arXiv, 2025). Essa maior suscetibilidade é atribuída a fatores como alfabetização digital limitada, isolamento social e uma tendência a confiar mais nos outros.32 Em 2023, o FBI registrou perdas de US$ 12,5 bilhões em crimes cibernéticos (ICE, 2025)
O advento da IA e dos deepfakes está tornando esses golpes cada vez mais convincentes e difíceis de detectar.34
A desinformação e as notícias falsas representam uma ameaça significativa tanto para a sociedade quanto para a saúde pública. Pesquisas mostram que a desinformação se espalha mais rapidamente e gera maior engajamento do que o conteúdo verdadeiro.30
A desinformação relacionada à saúde, abrangendo tópicos críticos como vacinas, doenças infecciosas, nutrição e mudanças climáticas, é amplamente prevalente nas principais plataformas de mídia social.30 Isso influência nas decisões de saúde dos indivíduos (por exemplo, contribuindo para a hesitação vacinal e surtos de doenças) .30

Polarização Política e Câmaras de Eco
O cenário midiático em evolução, particularmente o surgimento de notícias a cabo e mídias sociais, exacerba significativamente a polarização política.31
As plataformas de mídia social facilitam a rápida disseminação de “notícias falsas”, que são amplificadas dentro de comunidades partidárias e não são contestadas devido a algoritmos de classificação que filtram vozes discordantes.31 Esse processo cria “bolhas de filtro” e “câmaras de eco”, onde os indivíduos são expostos principalmente a informações que reforçam suas crenças existentes, levando a um maior entrincheiramento ideológico.31
Um estudo do Pew Research Center de 2016 revelou que 64% dos adultos nos EUA estavam confusos com notícias fabricadas e incapazes de identificar bots como fontes de desinformação, destacando a dificuldade em discernir a verdade online.31
Para os educadores, isso ressalta a necessidade urgente de ensinar pensamento crítico e habilidades avançadas de alfabetização midiática para ajudar os adultos a navegar nesse ambiente de informação complexo e frequentemente manipulado.
O que fazer: dicas práticas
- Desative notificações (Scripps Health, 2025)
- Crie zonas livres de telas (como mesa de jantar e quartos)
- Use a regra 20-20-20 para descanso dos olhos. A cada 20 minutos de tela, olhe para algo a 20 pés (aproximadamente 6 metros) de distância por 20 segundos para relaxar os músculos dos olhos e reduzir a fadiga.36 (MDPI Blog, 2025)
- Limite o uso de redes a 30 minutos por dia (Reid Health, 2025)
- Pratique o detox digital por alguns dias (Omega Recovery, 2025)
- Substitua tempo de tela por atividades reais como caminhada, leitura, orar ou conversar
“Detox Digital”
Um “detox digital” envolve a redução ou abstenção intencional de dispositivos e tecnologia digitais por um período definido, que pode variar de alguns dias (por exemplo, um fim de semana) a uma semana ou até um mês.5 O objetivo principal é desconectar-se física e mentalmente da conectividade constante.
Os benefícios de um detox digital são extensos e combatem diretamente muitos dos riscos identificados: redução do estresse mental (incluindo sintomas de ansiedade e depressão), melhora do foco e da concentração, aprimoramento da saúde física (aliviando fadiga ocular, má postura e distúrbios do sono) e fortalecimento dos relacionamentos na vida real.37 Em última análise, isso leva a um melhor estado geral de bem-estar e a um aumento da felicidade derivada de fontes internas, em vez da validação da tela.38
Conclusão
As telas fazem parte da vida. Trazem benefícios, mas também desafios sérios. Como pais, educadores e líderes religiosos, precisamos usar a tecnologia com consciência e exemplo.
O objetivo não é demonizar a tecnologia, que oferece benefícios inegáveis na educação e na conectividade, mas sim fomentar uma cultura de engajamento consciente, equilibrado e saudável. Isso exige o reconhecimento de nossas próprias vulnerabilidades, a compreensão dos mecanismos sutis da influência digital e a adoção proativa de estratégias para o bem-estar digital.
Promover uma vida digital equilibrada é uma missão coletiva. Ao agirmos com intenção, ajudamos não só a nós mesmos, mas também a toda uma geração a viver com mais sentido e menos distração.
Referências
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- Blog | How Much Screen Time is Too Much for Adults? – Reid Health, acessado em junho 22, 2025, https://www.reidhealth.org/blog/screen-time-for-adults
- The Associations Between Screen Time and Mental Health in Adults: A Systematic Review, acessado em junho 22, 2025, https://www.researchgate.net/publication/378291048_The_Associations_Between_Screen_Time_and_Mental_Health_in_Adults_A_Systematic_Review
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- (PDF) DIGITAL TECHNOLOGY AND MENTAL HEALTH: UNVEILING …, acessado em junho 22, 2025, https://www.researchgate.net/publication/389217665_DIGITAL_TECHNOLOGY_AND_MENTAL_HEALTH_UNVEILING_THE_PSYCHOLOGICAL_IMPACT_OF_MODERN_DIGITAL_HABITS
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